sábado, 21 de abril de 2007

MEU MÉTODO PARA LAVAGEM DE VINIS E AGULHAS DE TOCA-DISCOS.


MEU MÉTODO PARA LAVAGEM DE VINIS E AGULHAS DE TOCA-DISCOS: PASSO A PASSO.

Importante: Em relação a postagens (Posts), este blog comporta-se como um livro que está sempre sendo atualizado, se necessário, assim que sei de algo novo. Portanto, não é um blog tradicional, usado como a maioria para relatar fatos novos, onde a data da postagem é importante. O formato blog foi apenas um meio usado como um livro virtual.

Preliminarmente - Meu método é uma sugestão. Você pode confirir em outros sites outros métodos antes de usar o meu. Sua escolha pelo meu método segue por sua pessoal responsabilidade. Veja também o vídeo no You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=3alV8k7RcY8&feature=youtu.be

VINIS USADOS: MUITOS, EM EXCELENTES CONDIÇÕES: Onde comprar: Visite meu blog http://joaquimcutrimblogs.blogspot.com e procure por VINILNORIO E VINILSP.

Iniciando o meu método

Preliminarmente: Ao retirar um vinil de sua estante, após algum tempo sem uso, algo como um a três meses, prefira lavá-lo antes de escutá-lo. Obterá 100% (Cem por cento) de sua qualidade. Porquê? Porque dependendo como um vinil foi exposto ao ar ambiente, ele poderá voltar a contaminar-se mais depressa e assim sujar os sulcos, pela volta dos ácaros e fungos. E aí você não terá "cem por cento" de sua qualidade. Prefira sempre lavar qualquer vinil guardado há algum tempo não escutado do que não lavá-lo. Não há mal nenhum nisso e você só ganhará com uma bela audição. Contudo, já escutei vinis parados havia mais de 6 (Seis) meses, e, quando os escutei, o som estava límpido, bem claro. Essa questão da volta dos ácaros e fungos ao vinil depende do grau de contaminação de vinil para vinil; pois o "ambiente" capa + como o vinil foi manuseado é uma situação individual para cada vinil. Em suma: Cada vinil - Uma contaminação diferente. Mas para ter-se a certeza da audição, a recomendação será sempre a de re-lavar vinis há algum tempo parados.

EM SÍNTESE, COMO EU LAVO

Ponha o vinil debaixo da água da torneira da pia de sua cozinha, água corrente, muito corrente, abundante, passando por cima da superfície do vinil. Se você não tiver tapa selo, cuidado para não molhar muito o selo. Passe a água e vá girando o vinil e depois faça a mesma coisa no lado B. Passe o algodão embebido em água com detergente como indico aqui no blog. Depois retire com a mesma água de torneira lavando bastante até você tocá-lo com os dedos junto à água corrente e verificar que seus dedos estão travando, ou seja, que o detergente já saiu todo da superfície! Obs.: Fiz essa síntese para ajudar os que tem pressa em iniciar logo a lavagem. Mas é bom ler este blog todo para tornar-se um "expert" em limpeza de vinis, via lavagem e limpeza das capas dos discos de vinil.

LIMPEZA RADICAL: Essa limpeza só deve ser feita em último caso. Se depois de realizar várias limpezas, seu disco de vinil, cheio de arranhões fininhos ou mesmo com aparência de espelho, continuar a fazer "cracks", aquele barulho insuportável de palha seca, como se a música tivesse como ruído de fundo alguém aldando sebre palha seca, folhas secas ou mesmo como chamam, o som alto de batata fritando, PARTA PARA A LIMPEZA RADICAL, já que nada tem a perder: Tape os selos com o tapa-selos e ponha no copo de 200ml a medida de 1 dedo de sabão líquido ou em em pó, OMO ou de qualidade similar, encha-o d'agua e ponha um chumaço de algodão para usar na limpeza. Pegue o disco de vinil, molhe debaixo da água da torneira, como faz-se com a limpeza normal aqui descrita, mergulhe o algodão na mistura de sabão OMO e 200 ml d'agua e faça a limpeza com essa mistura, deixando bastante sabão em cima do vinil, dos dois lados, por 20 minutos a 30 minutos. Depois retire com água abundante lavando debaixo da torneira, por bastante tempo, percebendo a saída de todo o sabão, com os dedos, até quando estes não escorregarem mais sobre o vinil, sinal que o sabão em pó saiu todo. Ponha o vinil para secar ao ar livre, como já ensinado no método aqui, e, uma vez seco, ponha para escutar. Importante: Já fiz isso em um vinil meus, aparentemente imprestável para a escuta e o resultado foi uma melhora de 90% no vinil como um todo! A diferença do detergente Ypê para o sabão omo é a ação da enzima. Contudo, só faça isto em vinis cujo chiado estiver insistente depois de várias limpezas sem sucesso. Tanto o detergente de cozinha, quanto o sabão em pó tem Alquil Benzeno Sulfonato de Sódio como componente principal não havendo nada que diferencie radicalmente um produto do outro. Esta "Limpeza Radical" é para ser feita somente uma vez, na "vida" do vinil. O sabão líquido é mais recomendado, por penetrar melhor no vinil.

VELUDO SINTÉTICO - NÃO RECOMENDO

Não recomendo veludo sintético para lavagem de LP's porque as suas cerdas podem danificar as frágeis cristas de alta-freqüência, principalmente em LP's mais antigos. A cerdas do veludo se comportam como uma vassoura e sulco não é p'ra ser varrido! O ressecamento do fino PVC de que elas são compostas se dá pela ação dos raios UVA e UVB naturais do ambiente e um atrito repetitivo com esse material mais agressivo pode simplesmente eliminá-las. O uso do algodão hidrófilo é o mais indicado, pois, além de esterelizado por ser de uso medicinal, no seu uso, quem irá retirar a sujeira dos sulcos do LP é o amolecimento provocado pelo agente tensoativo do detergente acrescido da água apenas "empurrada" pelo algodão, cujas fibras não tocam as agressivamente as referidas cristas. E detalhe importante: Como as fibras do algodão hidrófilo são longas, elas não ficam no LP depois da lavagem. Mas voltando ao assunto, limpar com algodão é seguríssimo, pois é uma limpeza mais química do que física. Já o veludo, com dito acima, acho perigoso, já que este se comporta como uma "vassoura" de sulcos. Sua capacidade de eliminar suas sujeiras é, no mínimo, discutível. O veludo faz uma limpeza físico-química, porém mais física do que química (Que é incorreto!), onde o contato físico acredito ser temerário. A limpeza de um LP deve ser levemente física e profundamente química, com a ação de tesoativos com "builder", que torna a água da torneira alcalina e desengordurantes, além do efeito "carreador p'ra fora" feito pela água corrente da sujeira que se descola no momento da lavagem. O ideal é que seja usado para a lavagem o detergente neutro, mas os acrescidos de essência podem ser usados, sem nenhum problema, como os de maçã, limão e outros. Quem quiser contestar este método, escreva para
-->joaquim777@gmail.com, pois há críticos que não buscam esclarecimentos sobre o que estão não estão entendendo, o que é lamentável, pois tenho absoluta certeza, pelo meu conhecimento e pesquisa séria, junto a acessoria de diversos químicos, que este método é seguro e barato, não descartando outros científicos também.
Jamais use lubrificantes como shampoo ou óleos

O microssulco do vinil precisa de um contato seco e a quente com a agulha, e isto em engenharia de áudio de chama fusão e a finalidade é a fidelidade, o toque íntimo molecular e a evitação do efeito "bridging" e efeito cinzel, desbastameto do sulco. Além disso, faz com que a agulha deslize tanto, flutuando sobre as cristas e não percorrendo o caminho por elas desenhado, fazendo um ponto-a-ponto reto que se chama ponte, em inglês, bridge. E por favor: Jamais "rode" um vinil molhado! Nunca ponha para tocar um vinil molhado: Você simplesmente estará desbastando as ondulações do sulco (Efeito cinzel).

Observação importante

O fluído que vem das prensas nos Vinis "zero km", comprados neste século, especialmente os lacrados (Sealed Vinyl) devem ser retirados com o método acima descrito de lavagem, pois eles só servem para a otimização na confecção dos sulcos na prensa, de modo a não "grudar" os sulcos "positivos" da "mother positive" nas cristas finíssimas de alta-freqüência.

Triton-X100

Não tenho nada contra o uso de Triton-X100 para lavagem (E nunca para só passar em cima!) de vinis. É caro demais e o conteúdo é pouco. Pequeno e caro, não será útil para quem tem uma grande quantidade de vinis para lavar, por exemplo; uns 50 vinis. Fora isso, não há problemas no seu uso, pois é ultra-confiável, é um detergente super-não-agressivo, inclusive feito para limpar lentes de contato. Ou seja, não há problema algum em substituir o detergente Ypê pelo Triton-X 100 neste meu método. Mas repito, use-o para lavagem e não para passar em cima do vinil, o que não é correto.

EFEITO ÁGUA CORRENTE

Mas porquê não recomendo a simples limpeza sem água corrente? Primeiro porque LP's ou vinis devem ser sempre lavados, nunca apenas "limpos" sem água corrente (Apenas com enxágue), pois a dita e propalada limpeza com líquidos industriais diversos não limpa! Segundo, porque a "limpeza" só vai ocorrer de verdade com a lavagem, pois o processo do carreamento da sujeira pela água á fundamental. O Vinil só ficará pefeitamente limpo com água corrente de torneira (Pode ser da pia de sua cozinha ou tanque, que não deixam resíduo algum ao secar, lógico, se a água da concessionária de sua cidade for boa. Se não for, faça um pequeno reservatório de água destilada ligada a uma torneira), nunca com o simples espalhar de um líquido, seja ele qual for e seja qual for o espalhador - se veludo (Que também não recomendo) ou outro. Com Triton-X100 ou qualquer outro detergente, sem água corrente, você não empurra p'ra fora toda a sujeira descolada com o detergente tensoativo (surfactante) e desegordurante, duas de suas essenciais qualidades. Repito: Só a água corrente, depois de usado o detergente, é capaz de retirar, eliminar toda e qualquer sujeira que ficou em cima do vinil. E o processo pode e deve ser repetido caso os ruídos continuem havendo uma visão de um vinil "espelhado". Então que fique claro: Líquidos vendidos no mercado, só são espalhadores de sujeira! Retiram-na de um lugar e põe em outro. Mesmo com a secagem (também totalmente não recomendada) feita com flanelas, panos ou outros métodos. No vinil há registros delicados cuja sujeira só saem com detergente tensoativo e desengordurante. Tensoativo significa fazer subir, descolar a sujeira, propriedade que a maioria dos métodos não tem, como inclusive os que se utilizam de ácool isopropílico. Resumindo: "Limpeza" de um Vinil-LP, só com a LAVAGEM, e em água corrente, seja ela destilada ou da Rua, se sua Concessionária de Águas for boa, confiável. Detalhe: Para uma água deixar resíduo, ele deve ser proveniente de uma concessionária muito ruim. Se a da sua cidade for assim, crie uma caixa d'água para armazenar água destilada, por degelo de geladeira, que é a forma mais segura.

Obs: Após lavar um lado do LP, enxagüe muito bem o chumaço de algodão debaixo da água corrente da torneira, pois sua estrutura, ao contrário do veludo, é ideal por facilitar a eliminação da sujeira que pode ter ficado nele armazenada em função da limpeza, pois ele é HIGRÓFILO, ou seja, naturalmente permeável pela água. Já no caso do veludo, a água não lhe consegue retirar toda a sujeira em face de sua típica estrutura de "rede", retentora de sujidades.

BACTÉRIAS, ÁCAROS E FUNGOS

Nunca use um chumaço de algodão antigo, feito em uma lavagem anterior. E se é adepto ao "veludo sintético" para a lavagem, descarte-o sempre a cada lavagem. Ambos agregarão bactérias e fungos que poderão sujar e infectar o novo disco de vinil. O meio ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias é a umidade, sempre. Use sempre chumaços de algodão hidrófilos sempre novos para cada nova lavagem. Para ter bastante algodão para esse fim, o ideal é adquirir o pacote de 200g. Nota importante: Já ouvi dizerem que fungos podem ser retirados com álcool. Não faça isto; não é verdade. O fungo é o ser vivo mais resistente do mundo; o fungo pode sobreviver nas mais condições adversas, mesmo sem água, na secura total, ele permanece vivo com suas hifas (Suas raízes) e na primeira oportunidade em que houver água, a umidade, eles renascerão! E água é o que não falta em álcoois comuns. O isopropílico não tem água, é álcool puro, mas é extremamente ressecante e quebra as sutilezas das ondulações dos sulcos do vinil por eliminar o material plastificante que dá resistência a estes sulcos. Além do mais, a tinta do selo pode sensibilizar-se com o o uso álcool, manchando os créditos ou a arte. Não use álcool, jamais, de tipo algum. Só há uma exceção para o uso de álcool: Fezes de inseto (Baratinhas ou outro inseto) grudadas e ressecadas no sulco de um disco de vinil há anos parado. Aí o uso do álcool é pertinente, pois ele é um solvente orgânico, assim como as fezes os são. Mas imediatamente à retirada completa da feze de inseto ressecada, seque imediatamente o álcool sobre o vinil e aplique após a secagem por completo, uma lavagem como indico aqui para minimizar os efeitos ressecantes do álcool. A questão do fungo no disco de vinil e até no CD é complicada, pois uma vez fungado, fungado sempre! O que acontece no disco de vinil e que o põe em uma situação melhor que o CD é que o PVC, material do disco de vinil, é o único material de que é formado o registro do disco de vinil e o fungo não tem condições de destruir toda a extensão de um sulco. Formará apenas uma micro-cratera que será escutada como um "plic", um clique característico do disco de vinil. Agora com o CD é diferente: O fungo consegue atacar a camada refletiva de alumínio que é exremamente essencial para sua reprodução e dependendo da quantidade de crateras fúngicas, se mais estas produzirem mais de 200 BLER (Erros de bloco ou block errors ou "bad blocks"), o CD parará de funcionar. Isso jamais acontece com um disco de vinil por ele ser a "música escrita dentro de si" e não um banco de dados sensível. A presença, ainda não danosa de um fungo só será afastada com a ausência total de umidade e de forma constante se isto for possível para um colecionador.


Além disso, consultando um químico, álcoois não são desengordurantes, enquanto que o detergente o é por ser tensoativo (descola a sujeira) e é feito p'ra isso, p'ra desengordurar.

Reafirmo a lavagem debaixo de água corrente e muito corrente, abundante, passando por cima da superfície do vinil, até o momento em que você o toca com os dedos junto à água corrente e verifica que está "travando" seus dedos em relação à superfície do disco de vinil. Ou seja, que o detergente já saiu todo da superfície. Lavar sem água corrente e sem detegente diluído é você apenas estar trocando a sujeira de lugar, como se fazia com aquele kit de limpeza comprado nas lojas de discos onde vinha uma solução e uma esponja de veludo e esses líquidos caros que vendem por aí. A formula água+detergente+algodão hidrófilo que indico aqui é simples e preenche perfeitamente a necessidade de limpeza completa do disco de vinil e não apresenta absolutamente nenhum risco para seu componente, o PVC.

ÁGUA MORNA - NUNCA!

Jamais use água morna na lavagem de discos de vinil: O PVC tem uma "memória" sensível e empena fácil. Se usar água morna, você empenará definitivamente seu disco de vinil tornando-o imprestável para a reprodução.

SECAGEM, MESMO À SOMBRA, PERTO DO SOL, NUNCA!

Nem deixe-o secar à sombra em local exposto, pois o mormaço também pode provocar leves ondulações, por diferença de temperatura na superfície do vinil no momento da secagem. Deixe-o secar sempre dentro de casa.

ESTOCAGEM DOS DISCOS DE VINIL

Sempre na vertical, na sombra e em local arejado, protegido do calor e excessiva umidade (Acima de 60% de umidade relativa do ar). E em lotes de 10 a 10, de preferência. Recentemente fui consultado por um museu para uma lavagem de 4.000 vinis e dei explicações sobre o meu método.


RAZÃO DO USO DE DETERGENTE


INFORMAÇÃO TÉCNICA: A farmacêutica e diretora-executiva da Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), Maria Eugênia Proença Saldanha explica que os detergentes têm três grupos básicos de componentes. O primeiro é o dos tensoativos, responsáveis pela remoção da sujeira e pela formação da espuma. O segundo grupo é o chamado "builder", em que há fosfatos. Sua função é manter a água alcalina para o tensoativo poder agir. No terceiro grupo estão os ingredientes auxiliares, como cor, perfume e amaciantes, que podem ser evitados na compra de produtos neutros ou transparentes. Esses ingredientes não contribuem com a função de limpeza. (Somente os componentes do primeiro e segundo grupos são os limpantes).


INÍCIO DO MÉTODO


Use Tapa-Selos. Monte o seu ou procure neste blog: http://tapa-selos-joaquimcutrim.blogspot.com.br/
Ele é indispensável para a correta conservação de seus discos de vinil.






1. Dilua detergente Ypê neutro, de preferência, na proporção de 7 ml (uma tampinha de refrigerante) para 200 ml (Um copo d'agua), de torneira - aqueles de requeijão, por exemplo) para os mesmos 200 ml de água comum da sua torneira. Se quiser, repita a lavagem, mas enxágue o algodão com água limpa, para não levar sujeira novamente para a lavagem seguinte. Obs.: Uma seringa de 20 ml é útil para conferir as medidas de detergente e água. Não seque com nada! Nem com papel, guardanapo, toalha de papel, por experiência própria - elas deixam fibras que agulha recolhe e piora o som. Aí v. tem que fazer nova lavagem. E não espere até a agulha chegar ao fim: Sujou, pare! Tire o LP (Vinil) e lave-o. Deixe-o secar agora sem pressa. Ponha-o para tocar e observe o estado da agulha, se ela está "empurrando" sujeira, fiapos, fibras ou outra coisa qualquer. Ela tem que percorrer o lado inteiro isenta de algo na sua frente, limpa, única no sulco, sem mais nada nela aderido, só ela e o sulco.

CAPAS DOS LP'S

Os LP's ou vinis, quando não são comprados novos, como por exemplo, em sebos ou doados por algum amigo, costumam vir muito sujos. Se o problema for só esse, nada que uma boa limpeza do vinil como a descrita acima que não resolva. Em relação à capa, na parte da frente, plástica ou não, basta vários algodões úmidos com água para retirar a poeira que se assentou por anos. Mas se a questão dessa sujeira não é só poeira - mas proveniente de contaminação por fungos, nem adianta usar naftalina, vinagre ou água sanitária diluída com água em proporção 1/1: Só há um jeito: Plastificar a capa, frente e verso com papel contact cristal adesivo ou pagar uma plastificadora profissional para isso. Ou adquirir máquina plastificadora que usa plástico pola-seal. Em todos os casos, será preciso abrir a capa, descolando-a. (Isso é essencial para os alérgicos). Em relação ao selo, se este também está com cheiro de fungo, fica a opção de encerar com parafina, e depois dar acabamento com pano de fibra de náilon ou tecido tipo linho, por exemplo, já que a parafina forma um tampão e além disso, é higrófila: Afasta a umidade de o fungo precisa para desenvolver-se.

LIMPEZA DA AGULHA DOS TOCA-DISCOS

O próprios vinis recém-lavados por este método, imediatamente após o desaparecimento da última gota ou da última região molhada na superfície do LP, são hábeis para limpar totalmente a agulha. Micro quantidades de detergente com água somado ao atrito dos sulcos, se encarregarão da total limpeza da agulha do toca-discos. Não há problema também se o LP for tocado com alguma listra d'água ainda na superfície - uma poucas listras já em desaparecimento (de 5 a 10%), isso lava a agulha. Agulhas ficam sujas, impregnadas de sujeira proveniente de LP's há muito tempo sem lavagem (placas de bactérias e fungos) e isso piora o som, causando médios rachados e agudos abafados. (Vinis lavados por esse método apresentam, logo após a lavagem, som límpido e definido em todas as regiões de freqüência). Outra coisa: Depois da lavagem, há vinis que tem uma sujeira muito "dura" de ser retirada. Aí v. ouve o vinil o lado todo. Se na medida em que v. for ouvindo for percebendo piora do som e sujeira se acumulando na agulha, faça nova lavagem, quantas for necessário até o vinil tocar o lado inteiro sem sujar a agulha. A agulha absolutamente não pode sujar, ou seja, aderir sujeira em sua ponta. Entre ela e o vinil não pode haver nada entre. Resumo: Lave quantas vezes for preciso até a agulha percorrer de ponta a ponta LIMPA! Absolutamente LIMPA! Nem todo vinil está no mesmo estado.

VINIS DEVEM SER LAVADOS PELO MENOS UMA VEZ POR ANO, PARA GARANTIR UMA EXCELENTE QUALIDADE DE SOM

O prazo de um ano é suficiente para que um vinil lavado readquira novamente sujeiras causadas pela presença de microorganismos. Mas isso pode acontecer muito antes: Ambientes muito úmidos, com umidade em torno de 80 a 90%, ou mesmo apenas a partir de 50% ou guardados em armários ou baús, podem receber leve infestação de fungos. Aí lave sempre que sentir cheiro de fungo ou visualizar seus pontos contra a luz (pontos de fungo). Não se preocupe com tantas lavagens: Isso não prejudica o LP. Mas como dissemos, vinis podem adquirir sujeira muito antes: O manuseio com mãos sujas, a própria saliva num ambiente de muita conversa e mesmo ambiente com muita poeira suspensa ou gordura de cozinha. Contudo, vinis lavados por este método aqui descrito, após um ano, em condições ideais (manuseio correto, umidade abaixo de 50%, afastado de capas de LP infestadas de fungo e estocagem em local ventilado), já podem só ser lavados com menos quantidade de detergente. Isso porque placas mais severas de sujeira já foram eliminadas. Nesse caso, a proporção que indico é de 7 ml para 400 ml de água ou 3,5 ml para 200 ml de água. (Uma tampinha para dois copos ou meia tampinha para um copo). Agora não custa repetir o que foi dito no capítulo anterior: Há vinis que tem uma sujeira muito "dura" de ser retirada. Ouça o vinil o lado todo após a limpeza ou simplesmente fique atento sempre que escutar seu vinil. Se na medida em que você for ouvindo, for percebendo uma piora do som (médios fracos e rachados) e sujeira se acumulando na agulha, faça nova lavagem, quantas vezes for necessário até o vinil tocar o lado inteiro sem sujar a agulha. A agulha absolutamente não pode sujar; não pode aderir sujeira em seu diamante; entre ele (diamente) e o vinil não pode haver nada. Nada entre ambos. Só a fusão! (Nada de "lubrificantes" ou silicone líquido!). Resumo: Lave quantas vezes for preciso um vinil até a agulha percorrer de ponta a ponta - LIMPA! Absolutamente LIMPA! Cada vinil retirado da estante é único: Nem todos estão no mesmo estado, tenha certeza. Então examine sempre antes de escutar. Mas também lembre-se das horas de sua agulha, certo? Validade: 500 horas.